segunda-feira, 7 de outubro de 2013

IDENTIFICAÇÃO DOS LIMIARES DE TRANSIÇÃO FISIOLÓGICA POR MEIO DAS TROCAS GASOSAS PULMONARES: UMA COMPARAÇÃO DE MÉTODOS

Paulo Cesar do Nascimento
Anderson Santiago Teixeira
Juliano Fernandes da Silva
Ricardo Dantas de Lucas

Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo

Introdução: A identificação dos limiares de transição fisiológica (LTF1 e LTF2) e dos domínios de intensidade de esforço durante o exercício é de grande importância para a avaliação e prescrição do treinamento. Entre os diferentes métodos, a análise das trocas gasosas pulmonares é um procedimento comumente utilizado por não necessitar de coleta de sangue.

Objetivo: O objetivo do presente estudo foi verificar se existe diferenças entre duas metodologias visuais e analisar a concordância entre o método do V-slope (BEAVER et al., 1986) com a análise dos equivalentes ventilatórios (DAVIS, 1985).

Metodologia: Foram avaliados 10 atletas de futsal (idade 16,2 ± 0,8 anos; estatura 174,8 ± 4,8 cm; massa corporal 67,4 ± 2,0 kg) em um teste de rampa em esteira iniciando na velocidade de 6,0 km.h-1 com incrementos de 0,5 km.h-1 cada 30s até exaustão voluntária para determinação dos LTF e do consumo máximo de oxigênio (VO2max). Os dados coletados respiração a respiração (COSMED, Quark) foram colocados em médias de 15s. Avaliou-se o comportamento do volume de gás carbônico expirado (VCO2) plotado versus o oxigênio inspirado (VO2) (método V-slope) e, os equivalentes ventilatórios de O2 (VE/VO2) e do CO2 (VE/VCO2) plotados versus o tempo (método dos limiares ventilatórios). A maior média de 15s foi considerada o VO2max. Dados em média ± DP. Foi utilizado o teste Shapiro Wilk para testar a normalidade e o teste t para amostras pareadas para verificar as possíveis diferenças. Nível de significância adotado de 5%.

Resultados: Os valores de VO2max e da máxima velocidade aeróbia atingida durante o teste de rampa foram  57,67 ± 5,44 ml.kg.min-1 e 17,1 ± 1,1 km.h-1, respectivamente. Os valores médios de velocidade e do consumo de O(VO) associado ao LTF1 e LTF2 determinado pelos diferentes métodos, bem como os valores de correlação dos LTF estão apresentados na tabela. Não foram encontradas diferenças significantes (p > 0,05) entre os limiares obtidos nos diferentes métodos e, observaram-se correlações de moderadas a alta para os respectivos pares na identificação da transição fisiológica.

Conclusão: Conclui-se que não há diferença entre os métodos para identificação visual dos limiares de transição fisiológica no presente estudo. Dessa forma, é viável a utilização de ambas as metodologias para a verificação mais fidedigna do fenômeno com a devida cautela considerando o tamanho e a especificidade da amostra.

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