quinta-feira, 27 de outubro de 2011

JOGOS REDUZIDOS NO FUTSAL


Apesar de sua popularidade mundial e status competitivo existem poucos estudos que analisaram a performance no futsal (BARBERO ÁLVAREZ; ANDRÍN; MÉNDEZ-VILLANUEVA, 2005; BARBERO ÁLVAREZ et al., 2008). 
Por ser um esporte caracterizado pela combinação de ações de elevadas intensidades, intercaladas com períodos de recuperação variáveis durante o período de jogo (40 minutos cronometrados), o futsal é uma modalidade que depende tanto de variáveis relacionadas ao metabolismo aeróbio quanto anaeróbio (MEDINA et al., 2002; BARBERO ÁLVAREZ et al., 2008).
Cada vez mais, os profissionais da área têm procurado alternativas para aprimorar e especificar a prescrição e o controle do treinamento na modalidade a fim de acompanhar a evolução dos aspectos físicos e táticos da modalidade. Nos esportes coletivos de características intermitentes, existe uma tendência a buscar métodos que possam aprimorar as capacidades físicas juntamente com as qualidades técnicas e táticas a partir do método global (MUTTI, 2003). Nesse contexto, os jogos reduzidos aparecem como uma proposta interessante de treinamento para o aprimoramento da performance de jogadores de futsal (BANGSBO, 1994; DRUST; REILLY, 2000; IMPELIZZERI et al., 2006; HILL-HAAS et al., 2011).
Apesar da constatação da importância que aplicação de jogos reduzidos possuí para o aprimoramento da performance de atletas de modalidades intermitentes, ainda não há na literatura científica estudos que analisaram o efeito desse modelo de treinamento no futsal.
Sabe-se que na prática muitos dos profissionais envolvidos com o futsal utilizam a metodologia dos jogos reduzidos na busca de mesclar o treinamento físico com o técnico-tático, porém não há conhecimento de estudos que explanaram a efetividade deste método para aprimorar as capacidades físicas do esporte.

BANGSBO, J. Fitness training in football – A scientific approach. Baegsvard: H+O Storm, 1994.
BARBERO ÁLVAREZ, J. C.; ANDRÍN, G.; MÉNDEZ-VILLANUEVA, A. Futsalspecific endurance assessment of competitive players. Journal of Sports Sciences, v. 23, p. 1279–1281, 2005.
BARBERO ÁLVAREZ, J. C.; SOTO, V. M.; BARBERO ÁLVAREZ, V.; GRANDA-VERA, J. Match analysis and heart rate of futsal players during competition. Journal of Sports Sciences, v.26, n. 1, p.63-73, 2008.
DRUST, B.; REILLY, T.; CABLE, N. T. Physiological responses to laboratory based soccer-specific intermittent and continuous exercise. Journal of Sports Science, v. 18, p. 885-892, 2000.
HILL, D. W.; WILLIAMS, C. S; BURT, S. E.  Responses to exercise at 92 % and 100 % of the velocity associated with VO2max.  International Journal Sports Medicine, v.18, p.325-329, 1997.
IMPELLIZZERI, F. M.; MARCORA, S. M.; CASTAGNA, C.; REILLY, T.; SASSI, A.; IAIA, F. M.; RAMPININI E. Physiological and performance effects of  generic versus specific aerobic training in soccer players. International Journal Sports Medicine, v.27, n. 6, p.483–492, 2006.
MEDINA, J. V.; SALILLAS, L. G.; VIRÓN, P. C.; MARQUETA, P. M. Necesidades cardiovasculares y metabólicas Del fútbol sala: análisis de La competición. Apunts Educación Física y Deportes, v.67, p.45-51, 2002.
MUTTI, D. Futsal: Da iniciação ao alto nível. 2 ed. São Paulo: Phorte editora, 2003.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

TREINAMENTO A PARTIR DE JOGOS REDUZIDOS


O treinamento no modelo de jogos reduzidos pode alcançar uma intensidade de exercício adequada para melhorar tanto o condicionamento específico de modalidades intermitentes (testes de campo), como variáveis aeróbias, assim como o VO2max e os limiares de transição fisiológica (DA SILVA et al., 2011). 
Alguns estudos encontrados na literatura científica investigaram métodos específicos a partir de jogos reduzidos no futebol e os efeitos nas qualidades físicas da modalidade (DRUST; REILLY, 2000; REILLY; GILBOURNE, 2003; IMPELIZZERI et al., 2006). 
Impelizzeri et al. (2006) compararam o efeito do treinamento de jogos reduzidos com  o modelo de corrida intervalada de alta intensidade (4 séries de 4 minutos a 90 % a 95 % da FCmáx com recuperação ativa de 3 minutos para ambos os métodos), duas vezes por semana em jogadores adolescentes de futebol. Este trabalho demonstrou que o treinamento no modelo de jogos reduzidos realizado nessa intensidade da FCmáx (90% a 95%)  proporcionou melhoras na capacidade e potência aeróbia dos atletas de forma similar ao método de corrida intervalada. Dessa forma, constata-se que é possível encontrar faixas de intensidades de esforço durante os jogos reduzidos que possibilitem o treinamento nos diferentes domínios fisiológicos (moderado, pesado e severo), para melhorar o condicionamento aeróbio e a performance dos atletas (BANGSBO, 1994; DRUST; REILLY, 2000; REILLY; GILBOURNE, 2003; HILL-HAAS et al., 2011).
Adicionalmente, com a utilização desse método as habilidades técnicas e táticas são envolvidas e treinadas em condições similares dos jogos, ou seja, um treinamento específico do esporte que promove uma efetiva transferência ao ambiente competitivo (BANGSBO, 1994; HILL-HAAS et al., 2011). Assim, a preparação física deve ser baseada na realização de exercícios específicos da modalidade, visto que os mesmos resultarão em modificações anatômicas e fisiológicas que se relacionam as necessidades da mesma (DA SILVA et al., 2011). 
Por fim, esse tipo de treinamento parece ser uma alternativa eficiente para aprimorar a performance aeróbia em esportes coletivos, ativando grupos musculares que são requeridos durante os jogos (IMPELIZZERI et al., 2006), tendo benefícios tais como: reproduzir as demandas de movimentação, intensidade fisiológica e a técnica requerida para jogar uma partida (HILL-HAAS et al., 2011; DA SILVA et al., 2011).

Referências

BANGSBO, J. Fitness training in football – A scientific approach. Baegsvard: H+O Storm, 1994.

DA SILVA, C. D.; IMPELLIZZERI, F. M.; NATALI, A. J.; DE LIMA, J. R. P.; BARA-FILHO, M. G.; SILAMI-GARCIA, E.; MARINS, J. C. B. Exercise intensity and technical demands of small-sided games in young Brazilian soccer players: effect of number of players, maturation, and reliability. Journal of Strength Condition Research, 2011, in press.

DRUST, B.; REILLY, T.; CABLE, N. T. Physiological responses to laboratory based soccer-specific intermittent and continuous exercise. Journal of Sports Science, v. 18, p. 885-892, 2000.

HILL-HAAS, S. V.; DAWSON, B.; IMPELLIZZERI, F. M.; COUTTS, A. Physiology of Small-Sided Games:Training in Football. Sports Medicine, v.41, n. 3, p.199 – 220, 2011.

IMPELLIZZERI, F. M.; MARCORA, S. M.; CASTAGNA, C.; REILLY, T.; SASSI, A.; IAIA, F. M.; RAMPININI E. Physiological and performance effects of  generic versus specific aerobic training in soccer players. International Journal Sports Medicine, v.27, n. 6, p.483–492, 2006.

REILLY, T.; GILBOURNE, D. Science and football: a review of applied research in the football codes. Journal of Sports Science, v. 21, p. 693-705, 2003.









terça-feira, 4 de outubro de 2011

RETRATAÇÃO

Depois de um consideravel tempo sem postar nada, volto a publicar um pedido de desculpas que já deveria ter feito, mas por falta de tempo ainda não tinha escrito.
Na verdade, o motivo maior dessa postagem é dar os créditos ao professor Luis Esteves pelo programa que vinha usando nas minhas publicações e no artigo recente que saiu na Universidade do futebol.


O 'software' utilizado para ilustrar com as figuras as atividades que postei foi criado e produzido pelo professor Luis Esteves e, por falha minha, que deveria ter já dito isso anteriormente, mas confesso que realmente e de maneira inocente esqueci de fazer isso.


Bom o referido 'software' é o  Gerenciador L.A.FuTeBoLL que é uma seqüência de planilhas interconectadas, com funções previstas para a utilização pessoal de treinadores de futebol. As planilhas são travadas por senha, proibindo modificações no layout da planilha, porém esta senha vai juntamente com o produto, e a modificação fica a cargo do responsável.


Dessa forma vinha utilizando o gerenciador da maneira que achava melhor, e deixo aqui minhas sinceras desculpas ao professor.


Um abraço a todos.


Até a próxima