terça-feira, 27 de julho de 2010

POTÊNCIA AERÓBIA E CAPACIDADE ANAERÓBIA EM JOGADORES JOVENS DE FUTSAL

Paulo Cesar do Nascimento, Francimara Budal Arins, Luiz guilherme Antonacci Guglielmo, Anderson Santiago Teixeira. Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis, SC, Brasil. Laboratório de Esforço Físico – LAEF

Introdução: O futsal é uma modalidade coletiva intermitente, caracterizado por possuir elevada solicitação do sistema anaeróbio durante as partidas, visto que a maior parte do tempo (80%) os jogadores realizam as atividades consideradas muito vigorosas, as quais exigem intensidades de esforço superiores a 85% da frequência cardíaca máxima. Objetivo: verificar se há relação entre a potência aeróbia mensurada apartir do Pico de velocidade (PV) com a capacidade anaeróbia em jogadores jovens de futsal. Metodologia: Participaram do estudo 14 atletas da categoria sub-17 de uma equipe de Florianópolis (16,7 ± 0,5 anos; 68,5 ± 6,6 kg; 176,6 ± 4,5 cm e 10,1 ± 4,0% de gordura) que foram submetidos a um teste anaeróbio (40-m MST) para determinar o melhor tempo (MT), tempo médio (TM) e o pior tempo (PT). O índice de fadiga (IF) foi calculado apartir da fórmula IF= Σ8TEMPOS/MT x 8 x 100 – 100. O teste 40-m MST foi composto por 8 sprints de 40 m com duas mudanças de sentido de 1800 cada (10º e 30º m do percurso) e período de recuperação de 20 s entre cada sprint. O atleta iniciava o teste no ponto médio entre 20 m, marcado por um par de fotocélulas eletrônicas (Speed Test 4.0) para captar o tempo de cada sprint. Em um outro momento, foi realizado o teste incremental intermitente de campo (TCAR) para determinar o PV. O TCAR possui multi-estágios de 12s de corrida de ida e volta com pausas de 6s, velocidade inicial de 9,0 km.h-1 (incrementos de 0,6 km.h-1 a cada 90s) e ritmo determinado por sinais sonoros. Foi empregada a análise descritiva (média e desvio-padrão) e o teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados. Para determinar a correlação das variáveis MT, TM, PT e IF com o PV utilizou-se a correlação linear de Pearson, nível de significância adotado de p≤ 0,05. Resultados: Pode-se observar correlações moderadas do PV com o TM, com o PT e com o IF (ver tabela). Apenas o MT indicador de potência anaeróbia, não demonstrou relação significante com o PV.

Tabela: Média, desvio padrão e valores de r dos índices fisiológicos relacionados à capacidade anaeróbia e potência aeróbia.
Variavéis Média Desvio padrão Valor de r
MT
(s) 8,30 0,32 -0,47
TM
(s) 8,76 0,39 -0,60*
PT
(s) 9,20 0,58 -0,53*
IF
(%) 5,50 1,27 -0,69**
PV
(km.h-1) 16,36 0,83

* p≤ 0,05 ** p≤ 0,01

Conclusão: Dessa forma, podemos afirmar de acordo com os resultados obtidos que, uma potência aeróbia aprimorada poderá auxiliar o atleta na manutenção da performance com a exigência dos processos anaeróbios de produção de energia.

Palavras chaves: Futsal, pico de velocidade e capacidade anaeróbia. POSTER-2851.DOC