segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

UFSC campeã da Liga Regional de Florianópolis 2009


No último fim de semana, sábado dia 05 de dezembro de 2009, o time feminino de Futsal da UFSC sagrou-se campeã da Liga regional da grande Florianópolis, vencendo na final o time do Scorpions pelo placar de 2 x 1. O jogo aconteceu no ginásio I do Centro de Desportos da UFSC. Com um começo nervorso e disputado, onde a equipe do Scorpions saiu na frente do placar em um chute a gol que acabou infelizmente desviando na fixo Camila (nº 8) aos 5 minutos de jogo. Ainda aos 9 minutos do primeiro tempo a UFSC alcançou o empate com um gol da pivô Isis (nº 9) em uma bela jogada trabalhada em contra ataque.
No 2º tempo as duas equipes estavam mais cansadas e ansiosas para alcançar a vitória, entretanto a equipe do Scorpions pecou na indisciplina estorando o limite de faltas e, faltando 10 segundos para terminar a partida a própria Camila que protagonizou o 1º gol adversário marcou um belo gol de tiro livre dos 10 metros. O Scorpions ainda tentou um ultímo ataque que a goleira Dani da UFSC defendeu, a bola tocou na trave e foi pra escanteio.
Foi muita emoção dentro de quadra e na arquibancada com a equipe toda exclamando: É CAMPEÃO!


Parabéns a toda equipe, pelo trabalho e dedicação ao longo desta temporada, este título vem coroar um ano de muito empenho. Vocês demonstraram a força da equipe e acredito que em 2009 temos muito o que colher!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

RELAÇÃO ENTRE ÍNDICES FISIOLÓGICOS INDICADORES DE POTÊNCIA AERÓBIA OBTIDOS NOS TESTES DE CAMPO E LABORATÓRIO EM JOGADORES DE FUTSAL

Introdução: Por ser um esporte caracterizado pela combinação de ações de grandes intensidades, intercalados com períodos de recuperação variáveis durante o tempo total da partida, o futsal sob o ponto de vista fisiológico, é uma modalidade que exige dos jogadores um tempo expressivo de sustentação na potência aeróbia máxima durante as partidas. Desta forma, a identificação de variáveis capazes de estimar a potência aeróbia dos atletas de futsal pode contribuir de forma decisiva para que a comissão técnica elabore um programa de treinamento adequado, que potencialize o desempenho da equipe. Porém, a avaliação realizada em laboratório possui elevado custo financeiro, e não atende a especificidade do esporte. Dessa forma, é crescente a utilização de metodologias indiretas para a estimativa de índices fisiológicos a partir de testes de campo. Assim, o presente estudo objetivou comparar o pico de velocidade (PV) obtido no teste incremental de corrida intermitente (TCAR) com a intensidade de exercício associada ao consumo máximo de oxigênio (IVO2max) obtida no teste incremental em esteira (TIE). Métodos: Participaram deste estudo 12 jogadores de futsal masculino da categoria sub20 (idade = 18,6±0,4 anos; estatura = 173,4±4 cm; massa corporal = 68,4±5,4 kg; gordura corporal = 13,6±3,6 %). Para mensurar a IVO2max os atletas foram submetidos ao TIE, com velocidade inicial de 9 km.h-1 e 1% de inclinação com incrementos de 1,2 km.h-1 a cada 3 min até a exaustão voluntária. O VO2max foi mensurado respiração a respiração durante todo o procedimento a partir do gás expirado pelo analisador de gases portátil COSMED (modelo K4 b2). Para determinação do PV os atletas realizaram o TCAR, constituído de multi-estágios de 90 s de duração em sistema “ida-e-volta”, com 5 repetições de 12 s de corrida, intercaladas por 6 s de caminhada. O teste iniciou com velocidade de 9,0 km·h-1 (distância inicial de 15 m) com incrementos de 0,6 km·h-1 a cada estágio até a exaustão voluntária, mediante aumentos sucessivos de 1 m a partir da distância inicial. A normalidade dos dados foi verificada por meio do teste de Shapiro-Wilk. Para determinar a correlação das variáveis VO2max e IVO2max com o PV utilizou-se a correlação linear de Pearson, adotando um nível de significância de 5%. Resultados: Os valores encontrados de PV, VO2max e IVO2max foram 16,47±1,04 km.h-1, 61,1±4,7 mL.kg.min-1 e 15,10±1,03 km.h-1, respectivamente. Observou-se correlação significativa do PV com as variáveis VO2max (r=0,71) e IVO2max (r= 0,91). Conclusões: O PV pode ser considerado um índice fisiológico capaz de predizer a potência aeróbia. Além disso, o TCAR parece ser o método mais adequado para ser utilizado nas avaliações físicas de atletas de futsal, visto a sua maior especificidade com a modalidade.

Palavras chave: futsal, potência aeróbia, prescrição de treinamento.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ANÁLISE DAS RESPOSTAS FISIOLÓGICAS DE ATLETAS PROFISSIONAIS DE FUTSAL DURANTE OS COLETIVOS: UM ESTUDO DE CASO

Por Francimara Budal Arins, Mestranda em Educação Física, CDS - UFSC.
O futsal, esporte amplamente difundido no Brasil e praticado em mais de 100 países, já satisfaz às exigências do Comitê Olímpico Internacional para ser reconhecido como esporte olímpico. Embora tenha alcançado status mundial, existem poucos estudos disponíveis sobre as variáveis fisiológicas na literatura científica. Assim, este estudo teve como objetivo caracterizar as respostas fisiológicas de atletas profissionais de futsal durante o treinamento coletivo, de acordo com a posição tática desempenhada (goleiro, fixo, alas e pivô). A amostra da pesquisa foi composta pelos cinco jogadores titulares da equipe de futsal masculino da categoria adulto da Associação Desportiva Colegial (ADC) de Florianópolis. Os atletas foram avaliados por um teste ergoespirométrico, que forneceu valores de consumo de oxigênio, freqüência cardíaca e quociente respiratório. Esses valores foram utilizados para gerar equações de regressão a fim de estimar o gasto calórico dos coletivos e também inferir a intensidade de trabalho. Durante os coletivos, os atletas tiveram sua freqüência cardíaca mensurada por meio de um monitor modelo Polar S610i®. Os resultados obtidos mostraram que, em relação ao comportamento da freqüência cardíaca, as curvas dos quatro atletas de linha (fixo, alas e pivô) apresentaram semelhança. Somente o goleiro apresentou valores inferiores, devido a menor movimentação, o que é inerente a sua posição tática. Quanto à intensidade de esforço, expressa tanto em relação ao percentual da freqüência cardíaca máxima ou segundo as cinco zonas de intensidade de exercício apresentada em Foss et al (2001), o goleiro é o menos exigido (leve e moderado), enquanto que os alas e o fixo têm seu desempenho em níveis mais intensos (árduo e exaustivo). Os valores totais de gasto calórico mostraram semelhança entre os alas e fixo (aproximadamente 305 kcal), enquanto que o pivô, dentre os jogadores de linha, apresentou os valores menores (aproximadamente 205 kcal). Conforme o esperado, os valores de gasto calórico encontrados para o goleiro (aproximadamente 85 kcal) foram inferiores aos demais jogadores. Esses dados fornecem informações importantes sobre as cargas de trabalho que os atletas de futsal são submetidos no treinamento, auxiliando no planejamento e controle da estruturação de um programa individualizado que se adeque às posições táticas.

Palavras-chave: Futsal, intensidade de trabalho, gasto calórico

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

COMPARAÇÃO DE ÍNDICES FISIOLÓGICOS OBTIDOS POR DIFERENTES MÉTODOS DURANTE TESTES DE CAMPO E LABORATÓRIO EM JOGADORES PROFISSIONAIS DE FUTSAL

Por Naiandra Dittrich, formada em Educação Física pela UFSC, participante do grupo de pesquisa do laboratório de Esforço Físico - LAEF/UFSC.
O futsal caracteriza-se pela combinação de ações de elevadas intensidades, intercaladas com períodos de recuperação. Por isso, é uma modalidade de natureza equilibrada, pois depende tanto de variáveis relacionadas ao metabolismo aeróbio quanto anaeróbio. A identificação das exigências fisiológicas impostas aos jogadores durante as partidas de futsal são fundamentais para a elaboração da periodização de treinamento da equipe durante a temporada. Estes índices podem ser obtidos por meio de avaliações de laboratório ou de campo. Entretanto, uma avaliação laboratorial com metodologia invasiva é dispendiosa, tanto do ponto de vista financeiro quanto do ponto de vista do tempo necessário para avaliar um grande número de sujeitos, em virtude da dificuldade de avaliá-los simultaneamente. Dessa forma o objetivo deste estudo foi comparar os índices fisiológicos relativos à capacidade e a potência aeróbia obtidos em teste de laboratório em esteira com os obtidos no teste de campo TCAR. Participaram do estudo onze jogadores profissionais de futsal (25,2 ± 4,26 anos, 74,7 ± 8,75 kg, 176,7 ± 6,89 e 9,8 ± 3,40% de gordura). Os atletas realizaram um teste incremental em esteira rolante (TIE) e um intermitente de campo (TCAR). O TIE iniciou em 9,0 km.h-1 (1% de inclinação) com incremento de 1,2 km.h-1 a cada 3 minutos (30s de pausa). Nesse teste foi identificado o segundo limiar de transição fisiológica (LTF2) por quatro diferentes métodos: 1) concentração fixa de 3,5 mmol.l-1 (vOBLA), 2) Dmáx na curva de lactato sanguíneo (vCheng), 3) menor relação [la] e carga, adicionando-se 1,5mmol.l-1 (vBerg), 4) carga anterior ao segundo incremento na [la] consecutiva maior que 0,5 mmol.l-1 (vBaldari). O TCAR possui multi-estágios de 12s de corrida de ida e volta com pausas de 6s, velocidade inicial de 9,0 km.h-1 (incrementos de 0,6 km.h-1 a cada 90 segundos) e ritmo determinado por sinais sonoros. Nesse teste foi determinado o PV e o LTF2 foi predito por três diferentes métodos: 1) inspeção visual da FC (PDFCv), 2) distância máxima da curva de FC (Dmáx), 3) percentual fixo de 80,4% do PV (v80,4). Foi empregada a análise descritiva (média, desvio-padrão e coeficiente de variação) para apresentação dos resultados e o teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados. Para comparar as variáveis fisiológicas relativas a capacidade e potência aeróbia através de diferentes métodos foi aplicada a análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas, complementada pelo teste de Bonferroni. A correlação foi determinada por meio de Pearson para dados normais e spearman para não normais. A vVO2max (16 ± 1,0 km.h-1) obtida no TIE não apresentou diferença significativa com o PVtc (16,1 ± 1,0 km.h-1), já o PVtc e o PVtie (17,0 ± 1,0 km.h-1) apresentaram diferenças significativa e foi encontrada uma forte correlação entre eles (r=0,830). Os valores de FCmax atingidos no TIE (186bpm) e no TCAR (188bpm) não foram significativamente diferentes e apresentaram elevados valores de correlação (r=0,84). Entre os diferentes métodos relativos a capacidade aeróbia não foram encontradas diferenças significativas (vOBLA= 13,7 ± 0,8, vCheng= 13,4 ± 0,9, vBerg= 13,4 ± 0,8, vBaldari= 13,0 ± 1,1, PDFCv= 13,4 ±0,7, Dmáx= 13,3 ± 1,1, v80,4= 12,9 ± 0,8). Esses resultados apontam o TCAR como um teste de campo válido que possui características intermitentes, necessita menor custo financeiro e ainda possibilita avaliações simultâneas para identificar importantes índices fisiológicos referentes a potência e capacidade aeróbia, intensidades que são fundamentais para controle e prescrição de sessões de treinamentos.

Palavras chave: potência aeróbia, capacidade aeróbia, futsal.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Conhecimento dos Técnicos de Modalidades Coletivas acerca da relação entre Ciclo Menstrual e Rendimento Esportivo

Por André Justino dos Santos Costa, professor de Educação Física, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina.

O treinamento esportivo engloba diversas facetas as quais o técnico precisa estar atento na composição do seu planejamento. No caso do profissional que trabalha com equipes esportivas femininas é importante compreender uma série de aspectos específicos que afetam o desempenho de maneira positiva ou negativa. Um desses aspectos é o ciclo menstrual e suas relações com o desempenho. O presente trabalho teve como objetivo investigar o nível de conhecimento dos técnicos de equipes femininas de modalidades coletivas e individuais acerca da influência do Ciclo Menstrual no desempenho das atletas e as estratégias utilizadas por eles para potencializar ou inibir esses efeitos no treinamento. Fizeram parte do estudo 20 técnicos, escolhidos de forma intencional, de equipes femininas universitárias de esportes coletivos (Futsal, Voleibol, Handebol e Basquetebol), com sede no estado de Santa Catarina e participantes das Olimpíadas Universitárias Catarinenses – Joinville / 2006. Para a realização do estudo foi elaborada uma entrevista estruturada. Os dados foram tratados mediante a estatística descritiva, com a utilização de freqüência simples. O primeiro objetivo específico do estudo foi identificar o conhecimento dos técnicos sobre o Ciclo Menstrual regular, no que pôde ser constatado que a maioria dos entrevistados não conhece e não promove um acompanhamento desta variável no cotidiano dos treinamentos, inclusive não observando os sintomas mais evidentes das variações típicas do ciclo. O segundo objetivo específico foi identificar o conhecimento dos técnicos sobre as modificações em nível orgânico decorrentes do ciclo, e ficou evidente que, em virtude de não acompanharem de maneira sistemática o ciclo menstrual, não há condições de associar quaisquer modificações ao ciclo. Alguns técnicos, no entanto, já notaram alterações em suas atletas. O terceiro objetivo consistia em identificar o conhecimento dos técnicos sobre as alterações orgânicas no desempenho, e nesse quesito, poucas alterações foram notadas, colaborando com a conclusão de parte da literatura, para a qual as alterações orgânicas em geral não são suficientes para alterar o desempenho esportivo. Com relação ao quarto objetivo específico, investigar o conhecimento dos técnicos sobre a influência do treinamento sobre o ciclo menstrual, a maioria dos técnicos admite não ter notado diferenças orgânicas e também metade não tem conhecimento nenhum sobre os distúrbios que podem acometer a saúde reprodutiva da mulher. O último objetivo específico visava a identificação das iniciativas dos técnicos para adequar o treinamento às necessidades das atletas durante as diferentes fases do ciclo menstrual. Neste aspecto a maior parte admite não promover nenhuma alteração nos treinos, e dentre aqueles que efetuam adaptações, a maior parte não planeja e nem exerce muito controle sobre elas.
Esta pesquisa constata que muitos dos técnicos entrevistados não atentam para os aspectos orgânicos de suas atletas e não conhecem o funcionamento do ciclo menstrual, nem as suas conseqüências para a saúde e para o rendimento dessas mulheres. Por fim, as estratégias de treinamento precisam ser mais bem estudadas tendo em vista as necessidades das mulheres durante as diferentes etapas do ciclo menstrual. Sabe-se, contudo, das dificuldades implícitas nesta tarefa em virtude da enorme variação de reações frente ao ciclo, reações essas que são muito individuais.


Palavras-chave: treinamento, esporte feminino, ciclo menstrual

terça-feira, 7 de julho de 2009

PRINCÍPIOS TÁTICOS DO FUTEBOL APLICADOS AO FUTSAL: A CONTENÇÃO E A COBERTURA DEFENSIVA

Depois de certo tempo em “ofline” digamos assim, com outros artigos como a divulgação do curso para treinadores e a entrevista com o treinador da Unochapecó (Eder Popiolski), gostaria de voltar ao caráter mais científico do blog, o qual é o objetivo principal deste. O assunto é particularmente intrigante para mim, pois quando estava tendo aulas em Portugal na Universidade do Porto, e o professor João Brito da disciplina de futebol dissertava sobre os princípios básicos do futebol eu refletia: Esses princípios são aplicáveis em certa medida ao futsal! Pois bem, já havia escrito a primeira reflexão sobre o assunto e agora quero dar continuação ponderando sobre dois dos princípios defensivos: CONTENÇÃO E COBERTURA DEFENSIVA.
O Futsal, sendo um jogo de constantes movimentações, acaba por ter em diferentes lugares e em vários momentos a aplicação destes dois princípios concomitantemente. Na nossa modalidade em questão, diferente do futebol, os atletas devem ser universais, ou seja, desempenhar ou ter a capacidade de exercer diferentes funções ou posições no diferentes momentos de uma partida (ÁLVAREZ et al., 2008). Dessa forma, o jogador está a todo tempo dentro de quadra, atacando e defendo, sem haver o chamado “tempo morto de jogo”. Em termos relativos, a freqüência cardíaca (FC) de jogadores de futsal permanece acima de 85% da FC máxima para 83% do atual tempo de jogo. Esses valores indicam que para mais de 80% do tempo despendido em quadra, o jogo é desempenhado em atividades muito vigorosas. Entretanto, como os períodos de recuperação são curtos e incompletos, a FC raramente fica abaixo de 150bpm, em contraste com outros esportes como o basquete, futebol, rugby e handebol (ALVAREZ et al., 2008).
Dentro desse contexto, nos diferentes momentos em que uma equipe está defendendo-se, os atletas realizam contenção com objetivo de “roubar” a bola do adversário enquanto um de seus companheiros tem a obrigação de “cobri-lo” realizando a cobertura defensiva. Podemos resumir o futsal em uma visão simplista, que é o objetivo de criar superioridade numérica em determinados locais da quadra, tanto enquanto se está defendendo como quando se está atacando. Dessa forma, o 1x1 ganha uma grande importância dentro de uma partida.
Amaral e Garganta (2003), afirmam que, através do 1x1 no Futsal, uma equipe pode rapidamente provocar o desequilíbrio defensivo do adversário no caso do 1x1 ser bem sucedido, mas, em contrapartida, pode também ela ver-se desequilibrada em termos defensivos, se o 1x1 conduzir à recuperação de bola por parte do adversário. Portanto, a partir do 1x1 uma equipe pode criar ou sofrer uma superioridade numérica momentânea durante a partida, o que pode levar a criação de um ataque e/ou contra-ataque bem sucedido por parte de uma das equipes.
Nesse momento ocorre a necessidade de uma cobertura defensiva eficiente para evitar que o adversário conquiste terreno de jogo. A cobertura pode ser feita por um ou mais jogadores, que além de estarem aplicando os outros dois princípios defensivos, equilíbrio e concentração, precisam estar atentos caso a necessidade do auxilio na cobertura. Pois, quando o atleta que exercer a contenção for driblado ou superado pelo adversário por ter realizado uma contenção mal feita, imediatamente o atleta que realizava a cobertura deve estar pronto para realizar a contenção para dar tempo que seu companheiro superado a alguns instantes se recupere e volte a auxiliar na formação defensiva. Por fim, pode ocorrer uma inversão de papéis e funções em determinado momento de jogo, sendo que, o atleta que exercia determinado princípio passa a executar outro, e pode ocorrer uma total inversão de funções bem como a falha de uma delas, que geralmente termina em gol do adversário. Ressalta-se a importância de os atletas estarem prontos para executar mais de um princípio defensivo durante a partida.
CONTINUA...

ÁLVAREZ, J. C. B.; SOTO, V. M.; ÁLVAREZ, V. B.; GRANDA-VERA, J. Match analysis and heart rate of futsal players during competition. Journal of Sports Sciences, v.26,n. 1, p.63-73,2008.
AMARAL, R.; GARGANTA, J. A modelação do jogo em Futsal. Análise seqüencial do 1x1 no processo ofensivo. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. V.3: p.298–310, 2003.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Entrevista com Eder Popiolski - treinador campeão mundial de futsal feminino com a Female Futsal/Unochapecó


Esta publicação é uma entrevista feita com o Prof. Eder Popiolski, técnico treinador da equipe Female Futsal/Unochapecó. Acredito ser de importante valia conhecer um pouco mais sobre a forma de trabalho da melhor equipe de futsal no mundo e no Brasil na atualidade. Meus agradecimentos ao prof. Eder pela simpatia e cordialidade em responder as seguintes questões, e meu muito obrigado a Daniela Costa treinadora da Escola D. C. de Gondomar pela idéia e iniciativa.

Há quantos anos trabalha com Futsal Feminino?
Iniciei no futsal feminino no ano de 1999 quando resolvi homenagear minha mãe, a precursora da modalidade em Chapecó, organizando uma competição envolvendo sua equipes e de outras cidades. A partir deste momento me simpatizei com a causa e, no ano seguinte, já estava ministrando treinamentos, claro que de uma forma mais tímida e amadora do que hoje.

Quantos escalões e jogadoras tem o clube?
Nosso projeto de desenvolvimento inclui três programas que denominamos dessa forma: futsal de rendimento, futsal de formação e futsal social. O futsal de rendimento é o grupo principal, composto de 14 atletas. O futsal de formação consiste em três turmas, envolvendo cerca de 50 alunas de 10 a 16 anos e de potencial competitivo. O futsal social abrange quatro núcleos situados nas periferias de Chapecó, atendendo aproximadamente 200 crianças e com objetivo de auxiliar no processo de inclusão social e popularizar o esporte.

Quantas vezes por semana treinam as seniores e qual a duração de cada treino?
O número de sessões semanais podem variar de acordo com a fase do planejamento geral de treinamentos. Em média, acontecem 9 treinos por semana com intensidades e volumes variados. As atividades oscilam entre 60 a 105 minutos por sessão de treinamento.

Quais as competições que disputam durante a época?
O calendário de competições da temporada 2009 prevê 7 competições para nossa equipe principal: Copa das Nações (internacional); Liga Nacional, Taça Brasil e Olimpíada Brasileira Universitária (nacional); e, Campeonato Catarinense, Jogos Abertos de Santa Catarina e Jogos Universitários de Santa Catarina (regional).

Todos os escalões disputam uma prova nacional?
As competições nacionais de categorias de base dependem de classificação no ano anterior. Então, disputamos as provas dentro do estado de Santa Catarina e, quando vencemos, certamente participamos da etapa nacional. Nesta temporada acontecerá a Taça Brasil sub15, onde não obtivemos classificação, e o Brasileiro de Seleções Estaduais onde, acredito, teremos uma base de atletas de nossa equipe no selecionado catarinense.

As atletas seniores são profissionais?
Na definição legal de profissionalismo ainda faltam alguns aspectos e, então, considero nossas atletas como semi-profissionais. Temos uma estrutura que auxilia com moradia, alimentação, estudo, vestuário e, também, financeiramente. Contudo, distante ainda do nível salarial de outros esportes no Brasil ou das garantias legais de outras profissões.

O Clube teve origem na escola/universidade ou na sociedade civil?

Na sociedade civil. A Associação Female Futsal, antes Popiolski Futebol Clube, tem origem em 1986 com outros esportes. Em 1999, idealizamos o projeto do futsal feminino nesta entidade. Temos parceiros como a Prefeitura de Chapecó e patrocinadores como a UNOCHAPECÓ (Universidade), contudo a autonomia de gestão é mantida na Female Futsal. Hoje, o clube atua exclusivamente no futsal feminino.

Os primeiros escalões do clube foram as seniores ou os escalões mais jovens?
No primeiro momento, iniciamos com o trabalho somente na equipe adulta (seniores). Em 2001 foi implantado algumas turmas num projeto de escolinhas que originou nossas equipes de categorias de base (sub17, sub15 e sub13). A atual extratificação, dos programas de rendimento, formação e social, vem a partir de 2007.

Os treinos integram a componente física e técnico-táctica? Ou trabalha a parte física isoladamente?
O planejamento do treinamento determina trabalhos isolados, híbridos e integrados. Tudo depende do momento e das condições. Trabalhar a parte física de modo isolado contribui de forma mais acentuada para o melhora das aptidões. Se houver tempo, é importante programar sessões específicas de preparação física na grade de treinamentos, até porque o monitoramento da intensidade e volume se torna mais preciso e, com isso, os resultados tendem a ser mais qualificados. Contudo, se não houver um tempo adequado, é recomendável o trabalho híbrido e/ou o integrado. Estas atividades são, geralmente, propostas na fase de manutenção das condições físicas, ou seja, no período competitivo. Mas, cuidado, mesmo ao trabalhar isoladamente as questões é necessário uma verdadeira sinergia para que se promova um incremento no nível competitivo da equipe. Penso que o futsal é estritamente cognitivo e, por isso, somente uma atleta autônoma poderá tomar boas decisões no momento da verdade.

terça-feira, 12 de maio de 2009

A OCORRÊNCIA DE AÇÕES OFENSIVAS EM PARTIDAS OFICIAIS DE FUTSAL FEMININO

Introdução: Dentre os diversos esportes coletivos, um em crescente popularidade é o futsal feminino. No entanto, deve-se levar em consideração a lacuna existente na literatura de estudos que procuraram estudar esta modalidade e suas características físicas, técnicas e táticas (Queiroga et al, 2004). Dessa forma o objetivo deste trabalho foi analisar a ocorrência das ações ofensivas durante partidas de futsal feminino, e quantificar a ocorrência nas diferentes partes da quadra de jogo. Metodologia: Observamos 5 jogos oficiais de uma equipe disputante do campeonato distrital da cidade do Porto – Portugal, todas as observações foram realizadas ao vivo pelo mesmo individuo. Foi utilizado o modelo de scout proposto por Santana (2003) para coleta dos dados durante as partidas, e realizada posterior análise no microsoft office excel®. A quadra foi dividida em 8 setores: Ala esquerda defensiva (AED) e ofensiva (AEO), ala direita defensiva (ADD) e ofensiva (ADO), centro defensivo (CD) e ofensivo (CO), centro médio defensivo (CMD) e ofensivo (CMO). As ações de jogo ofensivas (AJO) observadas foram: Finalização a gol (FG), considerada como qualquer chute em direção ao gol ou a trave, Finalização fora do gol (FF), todos os chutes em direção a linha de fundo; e Gol. Resultados: De todas as 508 ações de jogo (AJT) observadas nas 5 partidas, 183 (36%) foram AJO, sendo que, 77 (42% das AJO e 15,2% AJT) ocorreram no 1º tempo e 106 (58% das AJO e 20,9% AJT) no 2º tempo de jogo. As AJO ocorreram nos seguintes setores da quadra: CD= 1(0,5%), CMD= 4(2,2%), AEO= 16(8,7%), ADO= 29(15,8%), CMO= 28(15,3%), CO= 105(57,4%). Os Gols aconteceram nos seguintes setores: CMD= 2(11,1%), ADO= 1(5,6%), CMO= 4(22,2%), CO= 11(61,1%), correspondente a 9,8% das AJO e 3,5% das AJT, além de corresponder a 16% da FG. Ocorreram 112 FG, 61,2% das AJO e 22% das AJT. Conclusão: Podemos observar que mais de 1/3 das AJT foram ofensivas e que ocorreram em maior parte no 2º tempo. Houve uma maior concetração de AJO no CO, sendo que a maior parte dos gols também aconteceram no CO. Vale ressaltar o grande numero de FG, tanto em relação a AJO quanto a AJT. Portanto, a equipe em questão no estudo demonstrou características bem ofensivas durante as partidas e pode-se considerar um certo desequilibrio na AEO. Por fim, o modelo de scout adotado no estudo parece ser uma ferramenta eficiente para os profissionais da área, podendo ser um meio de baixo custo para auxiliar no aprimoramento das equipes.
Palavras-chave: scout, ações de jogo e futsal feminino.

Modelo de scout proposto por Santana (2003).


Paulo C. Nascimento1,2
Rubens J. Babel Junior2
Dr. Valmir J. Oleias2
2 Universidade Federal de Santa Catarina
Profª. Ms. Daniela R. G. Costa3
3Universidade do Porto – Portugal

terça-feira, 14 de abril de 2009

Parabéns a UFSC futsal feminino pelo trabalho realizado!



Quero parabenizar a todas as meninas que estão trabalhando no projeto do Futsal Feminino UFSC 2009 pelo trabalho que juntos temos realizado, estamos com um otimo grupo, é claro que temos muito o que crescer e melhorar ainda, mas acredito que estamos no caminho. Por fim minhas saudações a todos envolvidos na comissão técnica, prof Valmir com a força de sempre, Filipe por sua dedicação, Cedrik por ser mais um pra fazer a diferença e Ju com apoio necessario. Penso que dessa forma só temos a ganhar cada vez mais, como grupo e como time, e meninas: continuem trabalhando!
1,2,3..FEDERAl

terça-feira, 7 de abril de 2009

Agradecimentos aos amigos da EDCG

Quero primeiramente parabenizar a comissão técnica, a directoria e as jogadoras pela honrosa campanha no campeonato distrital do Porto. Em segundo lugar quero dizer a vocês que foi um enorme prazer ter conhecido a cada um que faz parte da família Gondomar. Agradeço a Daniela que foi a primeira pessoa que confio no meu trabalho e me deu a oportunidade de passar o tempo que passamos juntos. Para mim foi um enorme aprendizado e experiência de vida, e acredito que pude deixar um pouco do que sei com vocês também. Agora estamos um pouco distantes mas a amizade continua a mesma, espero que o trabalho de vocês também siga em frente da melhor forma possível, e tenho certeza que muitas vitórias ainda virão pela frente. Um grande Abraço do PC.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Relação entre a VOBLA e o Vo2max em atletas de futsal

Devido às características intermitentes do futsal, os atletas realizam esforços máximos com pequenos períodos de recuperação ativa durante as partidas, exigindo dos jogadores um tempo expressivo de sustentação na potência aeróbia máxima e uma relativa ativação da capacidade anaeróbia [1]. Entretanto, ainda torna-se necessário que os mesmos possuam a capacidade aeróbia aprimorada para conseguir manter o nível desejado de performance [2,3].

O objetivo desse estudo foi verificar se existe relação entre a capacidade aeróbia, por meio da velocidade correspondente ao onset of blood lactate accumulation (VOBLA) e a potência aeróbia máxima (VO2max) em jogadores de futsal sub20. Assim, realizou-se um teste incremental em esteira rolante em 12 atletas (idade = 18,5 ± 0,5 anos; estatura = 173,2 ± 4,0 cm; massa corporal = 67,6 ± 4,9 kg e percentual de gordura = 13,4 ± 3,4 %). Para a determinação do VO2max foi utilizado um protocolo de cargas progressivas realizado em esteira rolante (IMBRAMED, modelo 10.200). A velocidade inicial foi de 9 km.h-1 e 1 % de inclinação com incrementos de 1,2 km.h-1 a cada 3 min até a exaustão voluntária. Entre cada estágio houve um intervalo de 30 s para coleta de sangue do lóbulo da orelha para a dosagem do lactato sanguíneo [4]. O VO2max será mensurado respiração a respiração durante todo o procedimento a partir do gás expirado (COSMED, modelo K4 b2) com os dados reduzidos a médias de 15 s. O VO2max é considerado como o maior valor obtido durante o teste nestes intervalos de 15 s. O VOBLA foi determinado por meio de uma interpolação linear (lactato x intensidade), considerando-se uma concentração fixa de 3,5 mmol.L-1 [5]. Para apresentação dos resultados utilizou-se estatística descritiva (média e desvio padrão). Inicialmente foi realizado o teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados. Para determinar a correlação entre os índices OBLA e VO2max aplicou-se a correlação linear de Pearson (p≤0,05 para significância).

Os valores médios de VOBLA e VO2max foram de 12,76 ± 0,96 km.h-1 e 62,46 ± 3,86 mL.kg.min-1, respectivamente. Pode-se considerar que a correlacão entre as variáveis fisiológicas foi moderada e positiva (r = 0,59). Por fim, de acordo com os resultados obtidos pode-se considerar que a VOBLA segue a tendência do VO2max, de forma que, os atletas que apresentaram uma melhor capacidade aeróbia parecem ter a potência aeróbia aprimorada. Entretanto, torna-se necessário a realização de novos estudos para a ampliação da base de dados.

Referências:

[1] Soares, B. and Tourinho Filho, H. (2006), Análise da distância e intensidade dos deslocamentos, numa partida de futsal, nas diferentes posições de jogo, Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 20 (2) 93-101.

[2] Álvarez, J. C. B. and Álvarez, V. B (2003), Relación entre él consumo de oxígeno y la capacidad para realizar ejercicio intermitente de alta intensidad en jugadores de fútbol sala, Revista de entrenamiento, 17 (2), 13-24.

[3] Araújo, T. L., Andrade, D. R., Figueira Júnior, A. J. and Ferreira, M. (1996), Demanda fisiológica durante o jogo de futebol de salão, através da distância percorrida, Revista da Associação dos Professores de Educação Física de Londrina, 11 (3), 12-20.

[4] Billat, V. L., Morton, R. H., Blondel, N., Berthoin, S., Bocquet, V., Koralsztein, J. P., Barstow, T. J. (2000), Oxygen kinetics and modeling of time to exhaustion whilst running at various velocities at maximal oxygen uptake. European Journal of Applied Physiology, 82, 178-187.


[5] Heck, H., Mader, A., Hess, G., Mucke, S., Muller, R. and Holmann, W. (1985), Justification of the 4mmol/l lactate threshold, International Journal of sports Science, 6, 117-30.

Autores:

P. Nascimento 1,2, F. Arins2, N Dittrich2, L. Guglielmo2, D. Costa1.

1 Faculty of Sport, University of Porto, Portugal.

2 Laboratory of Physical Effort, Federal University of Santa Catarina, Brazil.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

PRINCÍPIOS TÁTICOS DO FUTEBOL APLICADOS AO FUTSAL

Este resumo tem por objetivo relacionar os princípios táticos fundamentais do Futebol com sua aplicação ao futsal. As semelhanças entre estes dois esportes são muitas, tais como: ambos são esportes de cooperação/oposição, com alvo oposto em sentido longitudinal, de participação simultânea, de invasão do terreno de jogo adversário, de luta direta pela posse de bola e principalmente de utilização predominante dos membros inferiores.
Quanto aos aspectos físicos tanto o futebol como o futsal mesclam em suas ações esforços de características intermitentes que exigem a participação dos metabolismos aeróbio e anaeróbio de produção de energia (LEAL JUNIOR, et al., 2006).
Em relação as diferenças ressalta-se o tamanho do campo de jogo, o tempo de jogo, o tipo de solo, o número de elementos envolvidos (atletas) e, do ponto de vista fisiológico as diferentes exigências metabólicas de um e outro (ARAÚJO, e tal., 1996).
O futebol tem em sua essência oito princípios táticos de jogo, sendo estes divididos em princípios táticos defensivos e ofensivos.
Os princípios táticos defensivos são:
1. Contenção
É realizada quando um jogador realiza uma ação de oposição ao adversário portador da bola com objetivo de parar ou retardar o ataque.
2. Cobertura Defensiva
Ação de um jogador dar apoio ao jogador que vai realizar a contenção com objetivo de ser obstáculo imediato ao adversário caso esse realize um drible sobre o jogador que deu o 1º combate.
3. Equilíbrio
Movimentar-se de forma que não permita jogadores livres com linhas de passes mais ofensivas. Dar apoio aos jogadores que realizam a contenção e a cobertura com objetivo de dar estabilidade a defesa.
4. Concentração
Movimentações com a intenção de criar superioridade numérica relativa em relação ao portador da bola.

Os princípios táticos ofensivos são estes:
5. Penetração
Movimento do portador da bola em direção ao gol adversário com objetivo de destabilizar a defesa e criar vantagens numéricas e espaciais.
6. Cobertura ofensiva
Garantir linhas de passe ao portador da bola em apoio Ofensivo.
7. Mobilidade
Criar instabilidade e desequilíbrios de forma que haja sempre jogadores livres de marcação.
8. Espaço
Movimentações realizadas com o objetivo de aumentar o espaço de jogo ofensivo para aumentar a distância entre as posições dos jogadores adversários e ampliar o campo de jogo efetivo da equipe.

Além do mais, é importante salientar que a partir de atividades de 3x3 pode-se aplicar basicamente todos estes princípios no futebol. Partindo deste ponto é que vamos refletir sobre a aplicação dos mesmos nos treinos do futsal.
Muitos técnicos e treinadores de futsal utilizam-se da metodologia dos pequenos jogos (2x1, 2x2, 3x2, 3x3, etc) e/ou jogos em campo reduzido (em meia quadra) com suas equipes, portanto a importância de avaliar os princípios de jogos aplicados em cada atividade para rentabilizar os treinos.
Veja na figura a seguir todos estes princípios aplicados em uma situação de jogo no futsal.

Pode-se observar que os princípios defensivos aplicados por cada jogador serão alterados de acordo com o sistema defensivo adotado pela equipe. Por exemplo, se a equipe verde estivesse utilizando o sistema 1-2-1 ou losângulo, o pivô seria responsável pela contenção, o jogador da Ala da bola faria a cobertura defensiva e o ala contrário faria a concentração. Entretanto se a equipe verde estivesse utilizando o sistema defensivo 2-1-1, o jogador da Ala da bola faria a contenção, o ala contrário faria a cobertura defensiva e o pivô faria a concentração.

É importante salientar que o futsal é um esporte mais dinâmico que o futebol, ou seja, com a exigência de movimentações mais rápidas, de forma que, os elementos envolvidos estão sempre trocando de posição e portanto aplicam os princípios de jogo seguidamente de diferentes maneiras e nas mais variadas circunstâncias.
Em maior ou menor grau podemos comprovar a presença dos princípios táticos do futebol na sua aplicação no futsal, faz-se necessário considerar que existem diferenças entre cada princípio nas diferentes modalidades e nas situações de jogo, sendo que, este assunto necessita ser estudado mais detalhadamente para explanar cada princípio e sua devida aplicação.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, T.; L.; ANDRADE, D.; R.; FIGUEIRA JÚNIOR, A.; J.; FERREIRA, M. Demandas fisiológicas durante o jogo de futebol de salão, através da distância percorrida. Revista da Associação dos Professores de Educação Física de Londrina. v.11(3): p.12-20, 1996.

JUNIOR E. C. P. L.; SOUZA, F. B.; MAGINI, M.; MARTINS, R. A. B. L. Estudo comparativo do consumo de oxigênio e limiar anaeróbio em um teste de esforço progressivo entre atletas profissionais de futebol e futsal. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v.12, n.6, nov/dez, 2006.