Jolmerson
Carvalho1
Paulo
Cesar do Nascimento1
Juliano
Fernandes da Silva2
Juliano
Dal pupo1
Francimara
Budal Arins1
Luiz
Guilherme Antonacci Guglielmo1
1Laboratório de
esforço físico – LAEF; Universidade Federal de Santa Catarina.
2Universidade Federal
de Alagoas.
INTRODUÇÃO: O
conhecimento sobre os índices fisiológicos que interferem na performance de
corrida é de extrema importância para os preparadores físicos, treinadores e
atletas envolvidos com as provas de meio fundo no atletismo. OBJETIVO: O objetivo do presente
trabalho foi verificar quais as variáveis fisiológicas podem explicar a
performance nas provas de 800 m e 1500 m. MATERIAIS
E MÉTODOS: Dez atletas (idade = 17,6 ± 1,4 anos; estatura = 171,0 ± 8,7
cm; massa corporal = 63,7 ± 10,7 kg) especialistas nas provas de 800 m e 1500 m
realizaram em dias diferentes duas provas simuladas de 800 m e 1500 m (após 24
h). Na segunda visita, foi realizado um teste incremental em esteira rolante
para determinar o consumo máximo de oxigênio (VO2max) e a velocidade
referente ao VO2max (VVO2max) indicadores de
potência aeróbia. Na terceira visita os indivíduos realizaram um protocolo de
saltos com contra movimento (coutermovement
jump - CMJ) em uma plataforma de força para determinar a capacidade
neuromuscular. Após um período de recuperação (45 min) os sujeitos realizaram
uma carga até a exaustão na intensidade referente a 100% da VVO2max
para determinar o tempo limite de exaustão (Tlim) indicador de capacidade
anaeróbia. Utilizou-se a análise de regressão linear múltipla stepwise para determinar quais destes
índices fisiológicos estariam explicando a variação da performance. Adotou-se o nível de significância de 5%. RESULTADOS: Os resultados são apresentados
na tabela 1.
Observamos que ~54%
(R2 ajustado = 0,536) da variação da performance nos 800 m foi
explicada pela VVO2max e que as outras variáveis não
tiveram poder de predição para esta prova. Ainda, pudemos observar que ~66% (R2
ajustado = 0,663) da variação da performance da prova de 1500 m foi explicada
pela VVO2max e que, ~24% foi relacionada ao VO2max.
Os dois índices juntos explicaram por volta de 90% (R2 ajustado =
0,902) da variação da performance desta
prova para a presente amostra. Vale ressaltar que o Tlim e o CMJ não tiveram
poder de predição para o 1500 m. CONCLUSÃO:
Concluímos que a potência aeróbia máxima demonstrou ser a principal
responsável pelo desempenho nas provas de meio fundo, entretanto no 800 m
existem outros fatores intervenientes que não foram averiguados no presente
trabalho.
Um abraço a todos, fiquem com Deus e até a próxima!
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