segunda-feira, 6 de maio de 2013

REPRODUTIBILIDADE E INFLUÊNCIA DA MATURACÃO BIOLÓGICA NO DESEMPENHO DO TESTE T-CAR EM JOGADORES DE FUTEBOL DE 10 A 13 ANOS


Autor: Anderson Santiago Teixeira
Orientador: Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo

A potência aeróbia máxima é considerada uma variável importante para o desempenho competitivo de jogadores de futebol. A escolha e seleção de testes válidos e fidedignos são recomendados para uma boa avaliação da potência aeróbia máxima. O teste T-CAR foi recentemente validado para predição da potência aeróbia máxima e o PV apresentou alta reprodutibilidade em jogadores adultos jovens (sub-20). No entanto, na faixa etária de 10-13 anos ainda não foi investigada a reprodutibilidade, e sabe-se que o estado maturacional pode influenciar diretamente o desempenho em testes físicos, como o T-CAR.

Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar a reprodutibilidade do PV e FCmax determinado no T-CAR e a influência da maturação biológica sobre a performance de jogadores de futebol de 10 a 13 anos durante a realização do T-CAR. Participaram do estudo 37 adolescentes jogadores de futebol (12,5±1,1 anos, 43,4±11,1 kg, 152,2±10,8 cm, 16,68±4,60 % de gordura). 

Inicialmente os atletas realizaram o teste T-CAR para determinação do pico de velocidade (PV) e frequência cardíaca máxima (FCmax) em dois momentos diferentes. O T-CAR possui multi-estágios de 12s de corrida de ida e volta com pausas de 6s, velocidade inicial de 9,0 km.h-1 (incrementos de 0,6 km.h-1 a cada 90 segundos). Posteriormente, em outro dia, os atletas realizaram as avaliações de maturação sexual e esquelética no hospital para determinação dos estágios de Tanner e idade esquelética, respectivamente.

Foi empregada a análise descritiva (média e desvio-padrão), seguido do teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados. A análise de variância ANOVA oneway foi utilizada para comparar a diferença entre os valores de PV e as variáveis referentes à antropometria e maturação biológica dos atletas classificados nos diferentes estágios maturacionais esqueléticos, seguido do teste post-hoc de Tukey. Para verificar a reprodutibilidade do PV e FCmax foram utilizados o coeficiente de correlação intraclasse (CCI), erro típico de medida (ETM), coeficiente de variação do ETM (ETMCV).

O PV obtido no T-CAR não apresentou diferenças significativas entre os grupos maturacionais (14,4±0,7 vs. 14,7±1,1 vs. 14,3±0,9 km.h-1, para o grupo atrasado, normal e adiantado, respectivamente). Além disso, não houve diferença significativa para os valores de PV (14,2±1,0 vs. 14,4±1,1 km.h-1; p>0,05) e FCmax (201±9 vs. 203±10 bpm; p>0,05) entre a situação de teste e reteste, assim como encontrou-se correlações alta e muito alta para os valores de FCmax (r=0.67) e PV (r=0.85) obtidos no T-CAR, respectivamente.





Esses resultados destacam que o teste de campo T-CAR é reprodutível para avaliação da aptidão aeróbia de atletas de futebol no início da adolescência (10 a 13 anos) e que a performance no T-CAR não é influenciada pela maturação biológica, apresentando desta forma, implicações relevantes para detecção de jovens atletas talentosos.

Para mais informações deixe seu comentário! Fiquem com Deus e até a próxima!

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