Nas últimas postagens
estive abordando sobre as questões relacionadas à cinética do consumo de
oxigênio e como o efeito do exercício prévio pode alterar este comportamento da
cinética através das resenhas de artigos que tratam do assunto (dois ultimos
posts). Nessa postagem quero compartilhar com vocês um exemplo
prático desse efeito de um exercício realizado logo antes a execução de uma
carga constante para determinar a cinética do VO2. Vale ressaltar
que de acordo com a literatura o modo de exercício (ex. corrida ou ciclismo)
interfere na cinética do VO2 e que a forma como é realizado o
exercício prévio também tem diferentes conseqüências na cinética de uma carga
posterior, sendo que o exercício moderado parece não ter efeito e que este
efeito parece ser dependente da geração de uma acidose metabólica (veja as
postagens anteriores para maiores detalhes).
No caso observado na figura
em questão, um determinado sujeito fisicamente ativo e praticante de futebol
recreacional de 29 anos realizou duas cargas constantes de corrida na esteira
de 6 min cada no domínio pesado de esforço (50% da diferença entre o primeiro
limiar de transição fisiológica e o VO2max) com 6 min de recuperação
passiva entre elas. As bolinhas pretas são os valores de VO2 para
primeira carga de 6 min. Os triângulos vermelhos representam os valores de VO2
durante a segunda carga. Observa-se claramente que durante a segunda
carga (pós o exercício prévio) a amplitude da fase fundamental foi mais alta,
ou seja, parece ter estabilizado mais rápido (menor déficit de O2),
e a amplitude do componente lento foi menor (melhor eficiência metabólica).
Abraços e continuamos no próximo post!
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