Paulo Cesar do Nascimento
Anderson Santiago Teixeira
Juliano Fernandes da Silva
Ricardo Dantas de Lucas
Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo
Introdução: A identificação dos limiares de
transição fisiológica (LTF1 e LTF2) e dos domínios de intensidade de esforço
durante o exercício é de grande importância para a avaliação e prescrição do
treinamento. Entre os diferentes métodos, a análise das trocas gasosas
pulmonares é um procedimento comumente utilizado por não necessitar de coleta
de sangue.
Objetivo: O objetivo do presente estudo foi verificar
se existe diferenças entre duas metodologias visuais e analisar a concordância
entre o método do V-slope (BEAVER et
al., 1986) com a análise dos equivalentes ventilatórios (DAVIS, 1985).
Metodologia:
Foram
avaliados 10 atletas de futsal (idade 16,2 ± 0,8 anos; estatura 174,8 ± 4,8 cm; massa corporal
67,4 ± 2,0 kg) em um
teste de rampa em esteira iniciando na velocidade de 6,0 km.h-1 com
incrementos de 0,5 km.h-1 cada 30s até exaustão voluntária para
determinação dos LTF e do consumo máximo de oxigênio (VO2max).
Os dados coletados respiração a respiração (COSMED, Quark) foram colocados em
médias de 15s. Avaliou-se o comportamento do volume de gás carbônico expirado
(VCO2) plotado versus o oxigênio inspirado (VO2) (método
V-slope) e, os equivalentes
ventilatórios de O2 (VE/VO2) e do CO2 (VE/VCO2)
plotados versus o tempo (método dos limiares ventilatórios). A maior média de
15s foi considerada o VO2max. Dados em média ± DP. Foi utilizado o teste Shapiro Wilk para testar a normalidade e o teste t para amostras pareadas para verificar as possíveis diferenças. Nível de significância adotado de 5%.
Resultados: Os valores de VO2max
e da máxima velocidade aeróbia
atingida durante o teste de rampa foram
57,67 ± 5,44 ml.kg.min-1 e 17,1 ± 1,1 km.h-1,
respectivamente. Os valores médios de velocidade e do consumo de O2 (VO2)
associado ao LTF1 e LTF2 determinado pelos diferentes métodos, bem como os
valores de correlação dos LTF estão apresentados na tabela. Não foram
encontradas diferenças significantes (p > 0,05) entre os limiares obtidos nos
diferentes métodos e, observaram-se correlações de moderadas a alta para os
respectivos pares na identificação da transição fisiológica.
Conclusão: Conclui-se que não há
diferença entre os métodos para identificação visual dos limiares de transição
fisiológica no presente estudo. Dessa forma, é viável a utilização de ambas as
metodologias para a verificação mais fidedigna do fenômeno com a devida cautela
considerando o tamanho e a especificidade da amostra.
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