quinta-feira, 28 de julho de 2011

Unidade de treino – Movimentação ofensiva básica para Iniciação no esquema 1- 4-3-3


Quero com esse breve artigo colocar alguns exemplos de atividades para uma unidade de treino específica, nesse caso, iniciação ao esquema 1 - 4 - 3 - 3. Torna-se preciso observar alguns aspectos importantes, o assunto que será abordado a seguir foi ministrado em um determinado momento do planejamento, no qual, começamos a introduzir os atletas da categoria sub 13 ao esquema supracitado. Torna-se necessário ressaltar que se trata de movimentações relativamente simples, mas no nosso ponto de vista indispensável para o trabalho com o grupo referido.
Dessa forma, como vínhamos trabalhando a partir do esquema 1 - 4 - 4 - 2, optamos  por iniciar o trabalho no novo esquema com dois volantes e um meia centralizado. É claro que, os exemplos que colocarei a seguir poderão servir como modelo (principalmente a metodologia utilizada, ex: progressão estrutural e nível de complexidade) se adaptados os pontos relativos a cada realidade específica.

MOMENTO 1



Nesse primeiro momento a atividade inicia sem oposição com as duas linhas de 3 posicionadas de maneira estratégica (a saber volantes e meias, pontas e atacante). Criaremos algumas situações, principalmente com o objetivo de fazer com que os volantes realizem passagens e criem dessa forma outras dinâmicas de movimentação. Nessa primeira figura observamos que após uma circulação de bola entre as duas linhas (lado esquerdo), um dos volantes (cone vermelho) vai passar a bola ao meia, esse por sua vez passa ao atacante (cone verde) que faz a triangulação com o volante que aproximou para receber.
Outra dinâmica sugerida (lado direito), após a circulação de bola como anteriormente, o volante realiza o passe ao meia, enquanto este passa ao ponta, nesse meio tempo o volante busca fazer uma passagem pela lateral para receber na frente.

MOMENTO 2

outra dinâmica de movimentação sugerida poderia ser (conforme a segunda figura) a bola do volante (cone vermelho) passada ao ponta (cone amarelo) que faz o passe ao meia, enquanto o volante realiza a infiltração para receber na frente.
OBSERVAÇÃO: Importante ressaltar que, estas atividades devem ser feitas buscando um ritmo próximo do real, ou seja, do jogo. No caso da idade referida, a participação do treinador instruindo, motivando e cobrando o foco no que esta sendo feito, torna-se importantíssima. Outros fatores que necessitam de um cuidado maior são: circulação de bola (para que os atletas aprendam o momento que deve ser feita a transição) e a movimentação sem bola dos jogadores que estão fora do centro efetivo de jogo (ex: infiltração na área, colocação na zona de “sobra de bola” e coberturas).

MOMENTO 3

Por último, coloca-se progressivamente a oposição (conforme a terceira figura). Pode-se começar com uma marcação totalmente passiva, ou em nosso caso, uma marcação semi-ativa (começa a marcar a partir de determinado momento), por exemplo: depois da realização da dinâmica de movimentação treinada anteriormente (setas amarelas), e por fim, marcação ativa. Em um primeiro momento, sugiro um exercício em 6 x 4 + goleiro, pois assim faremos um trabalho de duas linhas de 3 contra uma linha de 4 defensores (zagueiros e laterais). Depois podemos aumentar a complexidade do exercício acrescentando mais um volante ao grupo que defende (boneco verde).
Concluindo, fizemos uma atividade com progressão estrutural, partindo de sem oposição para oposição semi-ativa e ativa e com maior numero de elementos (jogadores). Bem como progredimos no nível de complexidade e dificuldade da unidade de treino.

Até a próxima.

terça-feira, 26 de julho de 2011

OS EFEITOS DO TREINAMENTO MENTAL NA APRENDIZAGEM/APERFEIÇOAMENTO DO LADO NÃO DOMINANTE NOS FUNDAMENTOS DO FUTEBOL DE CAMPO

Os esportes coletivos evoluíram muito ao longo dos anos. Esta realidade fez com que sua prática exija um padrão motor e uma demanda energética de seus praticantes muito próxima do alto rendimento, tanto em escolinhas como em equipes amadoras. No futebol este fato está presente de maneira muito forte e cada vez mais sua prática exige recursos técnicos e físicos de seus praticantes. O presente estudo teve por objetivo verificar a influência da prática mental no aperfeiçoamento dos fundamentos de passe e chute a gol do futebol de campo com o lado não dominante do corpo, em praticantes de 15 a 17 anos. Para isto, foi selecionada uma amostra composta por 20 membros do projeto de futebol Impacto Vivo, todos com preferência pelo lado direito para praticar o esporte. A amostra foi dividida em dois grupos (experimental e controle) e foram testadas nos fundamentos de chute e passe propostos em quatro tipos de situações (passe com bola parada, passe com bola em movimento, chute com bola parada, chute com bola em movimento), onde foram avaliados através do desempenho em acertar a bola através do fundamento proposto no local de maior pontuação (entre cones nos fundamentos de passe e nos ângulos superiores no fundamento de chute), antes da intervenção (pré-teste) e após a intervenção (pós-teste), tendo como variável de controle as médias atingidas por cada grupo em cada situação. Durante a intervenção foi ensinado ao grupo experimental a realização do treinamento mental, onde os sujeitos do grupo foram instruídos a realizarem o treinamento momentos antes de executarem a habilidade e logo após esta execução. Para a validação dos resultados, foi realizado um tratamento estatístico (teste t para amostras independentes) e adotado um nível de significância de 5% (p≤ 0,05). Os resultados alcançados mostram que o grupo experimental obteve melhores médias após a intervenção com a prática mental, sendo este aumento mais significante nos fundamentos de passe e chute com bola em movimento, podendo assim afirmar que a intervenção do treinamento mental teve um efeito positivo no desenvolvimento dos fundamentos e este efeito foi mais em uns do que em outros.

Palavras chave: treinamento mental. Bilateralidade. Futebol.

Trabalho de conclusão de curso realizado pelo meu colega de trabalho no Avaí F.C, Daniel Carlin Ramos, formado em Educação Física e atualmente treinador das categorias sub 11 e sub 13 no clube citado anteriormente.
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