Quero com esse breve artigo colocar alguns exemplos de atividades para uma unidade de treino específica, nesse caso, iniciação ao esquema 1 - 4 - 3 - 3. Torna-se preciso observar alguns aspectos importantes, o assunto que será abordado a seguir foi ministrado em um determinado momento do planejamento, no qual, começamos a introduzir os atletas da categoria sub 13 ao esquema supracitado. Torna-se necessário ressaltar que se trata de movimentações relativamente simples, mas no nosso ponto de vista indispensável para o trabalho com o grupo referido.
Dessa forma, como vínhamos trabalhando a partir do esquema 1 - 4 - 4 - 2, optamos por iniciar o trabalho no novo esquema com dois volantes e um meia centralizado. É claro que, os exemplos que colocarei a seguir poderão servir como modelo (principalmente a metodologia utilizada, ex: progressão estrutural e nível de complexidade) se adaptados os pontos relativos a cada realidade específica.
Nesse primeiro momento a atividade inicia sem oposição com as duas linhas de 3 posicionadas de maneira estratégica (a saber volantes e meias, pontas e atacante). Criaremos algumas situações, principalmente com o objetivo de fazer com que os volantes realizem passagens e criem dessa forma outras dinâmicas de movimentação. Nessa primeira figura observamos que após uma circulação de bola entre as duas linhas (lado esquerdo), um dos volantes (cone vermelho) vai passar a bola ao meia, esse por sua vez passa ao atacante (cone verde) que faz a triangulação com o volante que aproximou para receber.
Outra dinâmica sugerida (lado direito), após a circulação de bola como anteriormente, o volante realiza o passe ao meia, enquanto este passa ao ponta, nesse meio tempo o volante busca fazer uma passagem pela lateral para receber na frente.
MOMENTO 2
outra dinâmica de movimentação sugerida poderia ser (conforme a segunda figura) a bola do volante (cone vermelho) passada ao ponta (cone amarelo) que faz o passe ao meia, enquanto o volante realiza a infiltração para receber na frente.
OBSERVAÇÃO: Importante ressaltar que, estas atividades devem ser feitas buscando um ritmo próximo do real, ou seja, do jogo. No caso da idade referida, a participação do treinador instruindo, motivando e cobrando o foco no que esta sendo feito, torna-se importantíssima. Outros fatores que necessitam de um cuidado maior são: circulação de bola (para que os atletas aprendam o momento que deve ser feita a transição) e a movimentação sem bola dos jogadores que estão fora do centro efetivo de jogo (ex: infiltração na área, colocação na zona de “sobra de bola” e coberturas).
MOMENTO 3
Por último, coloca-se progressivamente a oposição (conforme a terceira figura). Pode-se começar com uma marcação totalmente passiva, ou em nosso caso, uma marcação semi-ativa (começa a marcar a partir de determinado momento), por exemplo: depois da realização da dinâmica de movimentação treinada anteriormente (setas amarelas), e por fim, marcação ativa. Em um primeiro momento, sugiro um exercício em 6 x 4 + goleiro, pois assim faremos um trabalho de duas linhas de 3 contra uma linha de 4 defensores (zagueiros e laterais). Depois podemos aumentar a complexidade do exercício acrescentando mais um volante ao grupo que defende (boneco verde).
Concluindo, fizemos uma atividade com progressão estrutural, partindo de sem oposição para oposição semi-ativa e ativa e com maior numero de elementos (jogadores). Bem como progredimos no nível de complexidade e dificuldade da unidade de treino.