domingo, 16 de novembro de 2014

O EFEITO DO EXERCÍCIO PRÉVIO NA CORRIDA DE ALTA INTENSIDADE EM JOGADORES DE FUTSAL

Paulo Cesar do Nascimento1
Anderson Santiago Teixeira1
Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo1

1Laboratório de Esforço Físico – LAEF; Universidade Federal de Santa Catarina.


INTRODUÇÃO: O consumo de oxigênio (VO2) mensurado a nível pulmonar reflete as mudanças no metabolismo oxidativo nos tecidos ativos. Dessa forma, a análise do VO2 tem grande importância para avaliar em conjunto as capacidades cardiorrespiratórias e musculares. OBJETIVO: Este estudo buscou analisar o efeito do exercício prévio sobre a cinética de VO2 durante a corrida de alta intensidade. MATERIAIS E MÉTODOS: Participaram deste estudo 13 jogadores de futsal do sexo masculino (Idade: 22,8 ± 6,1 anos; massa corporal: 76,0 ± 10,2 kg; estatura: 178,7 ± 6,6 cm; VO2max: 58,1 ± 4,5 ml.kg.min-1) que realizaram um teste incremental máximo em esteira rolante para determinar o primeiro limiar ventilatório (LV) e o VO2 máximo (VO2max).

 Em dois dias diferentes, os indivíduos realizaram uma carga constante (2ª carga) de seis min de corrida de alta intensidade (50% da diferença entre o LV e o VO2max, 50%∆) em esteira seis min depois de uma carga idêntica (controle). O tratamento dos dados e os ajustes bi exponenciais da cinética de VO2 foram realizados no programa Origin 8.0. Os dados são apresentados em média ± desvio padrão. O nível de significância adotado foi de 5%. Foi utilizado o teste t para analisar as diferenças entre as variáveis analisadas e o teste Shapiro Wilk para verificar a normalidade dos dados (n<50 nbsp="">

RESULTADOS: Os resultados são apresentados na tabela 1. Os valores obtidos para o LV e o 50%∆ foram 11,0 ± 0,8 km.h-1 e 13,8 ± 1,0 km.h-1, respectivamente.


tp não foi significativamente mais rápido após o exercício prévio. Entretanto, o exercício prévio elevou o VO2rep e a amplitude total, diminuiu o componente lento e acelerou a resposta total da cinética de VO2 (i.e., MRT). CONCLUSÃO: Parece ter havido alterações no padrão de recrutamento de unidades motoras (um direcionamento a fibras mais eficientes – tipo I) e na fadiga muscular considerando as mudanças nas amplitudes do VO2 (e.g., CL). Porém, o consumo muscular de O2 ­parece não ter sofrido modificações visto que o exercício prévio não acelerou a constante tempo do componente primário, sendo que, os atletas da presente amostra já apresentavam valores relativamente rápidos para esta variável.